
Sente-se ela mais mulher,
por usar palavra caras
falar de forma clara,
mesmo estando a mentir.
Sente-se ele já um homem
que apenas de barba na cara
já sabe conduzir.
Sabe conduzir batalhas
mas dá ela, o ultimo grito,
sabe levantar a arma
mas foi ela a dar o ultimo tiro.
Levanta ele a mesa,
mas foi ela que cozinhou
o maravilhoso cabrito assado,
que tão pouco ele saboriou.
E nem a barba preta na cara
de morte súbita o safou
foi pois, com palavras caras
que ela o envenenou.
ELa
Artista se fez
artista se formou
não sabe por onde caminhou
mas sabe bem, que por ali não passou,
não pousou.
Porque ela sempre andou
de mochila às costas,
chinelo no pé,
ela ainda não parou,
não chegou,
ela na verdade ainda não se formou,
Porque artista não se forma
artista é formador.
Em cima do que foi
sobre o todo que ele deixou,
ele seguiu naquela estrada
no dia cinzento, em que ela matava
o que deles, algo se criava.
E na manhã cinzenta
ele seguiu pela estrada
Por estradas onde ela nascera
onde o cinzento se transformava
num nada que ela sozinha matava
a vida, que dentro dela se gerava.