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PERFINST

'' O conceito de perfinst (performance+instalação) abrange fundamentalmente duas linguagens, uma representativa das artes do palco e outra das artes visuais, as quais deverão fluir em simultâneo num espectáculo sem terem que depender forçosamente uma da outra.

 

Recorre a linguagem performativa – de inspiração nos conceitos de teatro, dança e body-art – ao uso de textos já existentes (peças teatrais de temática marcante em termos sociais, políticos, ecológicos, etc.), ao uso de textos criados especificamente para o trabalho, ou à ausência destes, a uma cuidadosa construção dos personagens do ponto de vista do movimento e à introdução de vertentes artísticas – sempre que a força das cenas o exija – ligadas à pesquisa da fronteira física do corpo humano.

A linguagem plástica – de inspiração nas artes visuais e no cinema – tem como ponto de partida o espaço, normalmente não convencional, os objectos (que não têm que funcionar como os tradicionais adereços de espectáculo), a caracterização marcada do corpo dos intérpretes, e a imagem, animada ou fixa, para além da cuidadosa criação dos figurinos ou do recurso à sua ausência, e das adaptações criativas de som e de luz.

As linguagens performativa e plástica coexistem no espectáculo com pulsões independentes tocando-se, divergindo, multiplicando hipóteses de mensagem, inter-relacionando referentes, permitindo que cada espectador possa ver um espectáculo diferente e desfrute de sensações próprias.

Pretende-se no perfinst, e dada a sua normalmente próxima relação com os actores, levar entre outras coisas o espectador a usar o conjunto dos seus cinco sentidos. A participação activa do mesmo pode inclusivamente influenciar o trilho diário do espectáculo.

Os ambientes dos perfinsts querem-se normalmente de referência plástica expressionista, neo-realista ou butoh, devendo sempre ser gerados trabalhos de cruzamento multidisciplinar com cariz de intervenção social.

Pretendem criar-se objectos de grande dimensão estética e forte impacto interventivo, quer do ponto de vista antropológico quer do ponto de vista sociológico, quer ainda dos pontos de vista ambiental e ecológico.

 

 

 

* Termo pela primeira vez usado por Luís Castro em 1996 em Londres, Inglaterra, quando criou "COMB" (Smith's Galleries e I. C. A.), espectáculo que não cabia dentro dos conceitos de Teatro, Dança ou Teatro/Dança, e não se ajustava às disciplinas das Artes Plásticas. ''*

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Texto copiado do website da KARNART 

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